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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Alimentos que curam. À descoberta dos segredos das ervas aromáticas

Portugueses consomem entre 7,4 gramas e 10,7 gramas de sal por dia, o dobro do recomendado pela OMS. Serão as ervas aromáticas a solução?


© iStock Alimentos que curam. À descoberta dos segredos das ervas aromáticas


















Com o objetivo de proporcionar um conhecimento alargado sobre ervas aromáticas – incluindo as suas propriedades e formas de consumo – que as colocam num lugar de destaque na nutrição, e visto que existem ainda inúmeras variedades desconhecidas para os portugueses, a Vitacress (empresa nacional sediada no Sudoeste Alentejano) acaba de organizar um seminário sobre este tema. O momento reuniu diversos especialistas, investigadores científicos, agrónomos e autores, sendo que a conclusão foi unânime: a utilização das ervas aromáticas na alimentação contribui para a redução do consumo de sal. A iniciativa foi organizada em parceria com a Associação Portuguesa de Nutrição (APN), tendo as receitas revertido a favor do Instituto Português de Oncologia.
Podem as ervas aromáticas ajudar no tratamento de cancro?
A exposição de Teresa Serra, do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), focou-se na influência de diversos alimentos – como alfazema, hortelã, agrião, brócolo, coentro, manjericão, salicórnia e sarcocórnia – no tratamento do cancro colorectal. Através de modelos laboratoriais tridimensionais foi possível concluir que estes alimentos demonstram uma capacidade significativa de inibição do crescimento de células humanas de cancro colorectal (HT29), estando lançadas as bases para novos ensaios pré-clínicos e em animais. Daqui a uns anos, prevê-se que possam ser desenhadas intervenções nutricionais para terapia do cancro na sequência de futuros ensaios clínicos.
Portugueses consomem o dobro do sal recomendado
Uma das maiores curiosidades apresentadas durante o seminário 'As Ervas Aromáticas – nutrição, funcionalidades e inovação' aconteceu durante a palestra de Mónica Sousa. A professora auxiliar convidada da NOVA Medical School apresentou estudos com base em inquéritos que apontam que os portugueses consomem 7,4 gramas de sal por dia, mas outras pesquisas baseadas em análises à urina corrigem este número para os 10,7 gramas, o dobro dos cinco gramas por dia recomendados pela Organização Mundial de Saúde. A especialista contrapôs ainda a teoria atual – que recomenda uma dieta baseada em orientações alimentares – à dieta focada nos nutrientes, defendendo uma alimentação equilibrada em vez de uma dieta complementada com suplementos alimentares.
É possível alterar os hábitos alimentares com ervas aromáticas?
Já Helena Real, secretária geral da APN, alertou os participantes para um fator preocupante: menos de 20 por cento da população adere à dieta mediterrânica, ainda que a maioria tenha disponibilidade financeira para o fazer. Esta é, no entanto, uma das formas mais saudáveis de alimentação, sendo que um dos pilares é, precisamente, a redução do consumo de sal culinário e a inclusão de ervas aromáticas nos vários pratos. Por isso mesmo, Ian Rowland – professor emérito de Nutrição Humana na Universidade de Reading – apresentou três estudos que mediram o potencial das ervas aromáticas e especiarias como facilitadoras da aceitação de vegetais e alimentos com baixo teor de gordura e sal.
A primeira pesquisa incluiu três refeições em três versões diferentes: com gordura; com pouca gordura; e com pouca gordura, mas temperadas com ervas aromáticas e especiarias. Os resultados indicaram que, em média, estas últimas variantes atingiram um grau de preferência em linha com as versões originais dos pratos, demonstrando o potencial das ervas aromáticas e especiarias para ajudar os consumidores a aderirem a uma dieta mais equilibrada. Já no segundo estudo, em que se testou a redução de sal na sopa de tomate, os consumidores começaram por preferir o produto com mais sal, mas ao longo de três dias de testes foram apreciando cada vez mais a versão com menos sal e com ervas aromáticas, ao ponto de esta se tornar na receita preferida.

Rowland explicou que tal poderá derivar da capacidade dos aromas das ervas influenciarem a perceção do sabor salgado, ainda que a presença de sal tenha sido reduzida em 53 por cento. Por fim, um outro estudo sobre o uso de ervas aromáticas e especiarias em diferentes vegetais comprovou a preferência por alimentos temperados desta forma, demonstrando o seu potencial para ajudar os consumidores reduzirem o consumo de sal.




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