O locutor de rodeio Asa Branca, 51 anos, teve demora em diagnosticar a doença, segundo a esposa
Eles parecem inofensivos, mas não são! Os pombos são os principais
transmissores de uma doença grave: a criptococose. Conhecida como
"doença do pombo", ela é provocada por um fungo presente nas fezes
dessas aves. Quando a sujeira seca, o fungo se espalha pelo ar e pode
ser aspirado pelo homem. A doença pode atacar o sistema respiratório,
provocando pneumonia, e também o sistema nervoso central. Quando se
instala no cérebro, é chamada neurocriptococose e causa meningite e
meningoencefalite, que são inflamações nas membranas cerebrais.
"Essa infecção pode atingir qualquer pessoa, mesmo quem está com a
saúde perfeita. Porém, é mais comum em pacientes com outras
enfermidades, como Aids, diabetes ou câncer", explica o neurologista
Hélio Hiller de Mesquita, que mantém consultório em Araçatuba. "Os
primeiros sintomas são febre, mal-estar, falta de apetite e uma dor de
cabeça intensa", afirma o especialista. "Geralmente os sintomas se
desenvolvem lentamente. Nos casos mais graves pode haver alterações na
visão e comprometimento das funções mentais como confusão, delírio e
rebaixamento da consciência." Ainda segundo o médico, o diagnóstico é
feito por meio do exame de líquor, que é o líquido presente dentro do
canal vertebral e que envolve o cérebro.
Quando há demora no
diagnóstico, a vida do paciente pode correr risco. Foi o caso do locutor
de rodeio Waldemar Ruy dos Santos, o Asa Branca,
de 51 anos. Soropositivo há oito anos, ele apresentou sinais da
neurocriptococose em 2010 e passou por vários médicos até que o problema
fosse identificado. "Ele sentia muita dor de cabeça e começou a perder a
coordenação motora", conta a mulher de Asa Branca, Sandra Maria dos
Santos, que acompanha de perto a recuperação do locutor.
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