O maior risco à qualidade do sono “é a falta de respeito que há” por ele, alerta a Associação Portuguesa do Sono, considerando que é necessário combater “uma cultura enraizada” na população de dormir pouco e sem regra.
Em Portugal, ainda não se valoriza o sono como algo essencial para o nosso bem-estar e a nossa saúde”, disse à agência Lusa o presidente da associação, Joaquim Moita, que alerta para a prevalência na população portuguesa de doenças como a síndrome de apneia obstrutiva (49% dos homens e 25% das mulheres têm ou virão a ter) e a insônia crônica (10% dos adultos).
Joaquim Moita sublinha que sem qualidade de sono podem surgir vários outros problemas, nomeadamente cardíacos – “em cada dez AVC, três ou quatro são em indivíduos com apneia do sono”.
“Achamos que trabalhar é mais importante que dormir. Mas depois qual vai ser a rentabilidade no trabalho? O que é que se produziu do ponto de vista físico e intelectual? Se não dorme oito horas, a rentabilidade é mais baixa, e as empresas regem-se cada vez mais pela rentabilidade do que pelo número de horas”, frisou.
Esta sexta-feira, Dia Mundial do Sono, o especialista apela a que os portugueses sigam o exemplo do futebolista Cristiano Ronaldo, a quem “ninguém tira as suas oito ou nove horas de sono por dia”.
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