Já ouviu falar do dr. Barcellos?
Raul Barcellos foi um médico que passou metade da vida demonstrando
clinicamente que os sintomas do câncer podem ser combatidos com dieta e
eliminação dos vermes.
Segundo ele, o câncer pode ser causado por uma série de fatores, genéticos ou adquiridos.
Os genéticos se devem a um problema qualquer nos genes, unidades
hereditárias situadas no cromossomo que determinam as características do
indivíduo e que estão sendo estudadas agora.
Os fatores adquiridos vêm da radiação (de todos os tipos, inclusive
solar), da poluição química do ar, da água e do solo, dos campos
eletromagnéticos à nossa volta, do estresse, que provoca excesso de
oxidação no organismo, da comida, da bebida, das drogas - da vida,
enfim.
Mas todo câncer começa pequenininho.
Uma turminha de células destrambelhadas escapa de ser vista e comida
pelo sistema imunológico, e como células adoram se multiplicar, elas
crescem e se multiplicam, formando um tecido anormal.
Falta a elas a intervenção do sistema imunológico, e falta também uma
parte do código genético que diz ao tecido quando ele deve parar de
crescer.
Por exemplo, um osso: o tecido ósseo sabe a forma exata daquele osso. Todos os dias ele se refaz do mesmo jeito.
Isso porque cada célula carrega dentro de si o código genético
apropriado dentro de uma molécula minúscula chamada DNA, ou ácido
desoxirribonucléico.
Faz parte também da sapiência da célula a coleta de nutrientes na
corrente sanguínea, e entre esses nutrientes estão os aminoácidos, que
se agrupam em combinações diferentes para formar proteínas.
Existem cerca de 500 tipos de proteínas pesquisadas, e todas derivam
de alguma combinação entre os vinte e poucos aminoácidos conhecidos.
Elas participam de absolutamente tudo na vida orgânica, inclusive de
processos hormonais, enzimáticos e genéticos; mas sua principal função é
formar tecidos. Osso é tecido, sangue é tecido, cabelo é tecido, assim
como pele, membrana mucosa, unha, músculo, tendão, nervo.
A proteína forma a trama e os outros nutrientes a preenchem.
O sangue vai passando com a matéria-prima e as células de cada tipo
de tecido - inclusive do sangue e da linfa - vão recolhendo aquilo de
que precisam para sua renovação, ao mesmo tempo que jogam de volta à
corrente sanguínea aminoácidos e outras substâncias que estiverem
sobrando, numa espécie de respiração celular.
No caso do câncer, segundo a teoria do Dr. Barcellos, as células desvairadas recolhem do sangue justamente os aminoácidos que vão ajudá-las a crescer sem controle.
Por isso, só tem um jeito: jejum nelas.
A dieta vai alimentar o corpo, mas não o tumor - já que, na ausência
daqueles aminoácidos, seu padrão de crescimento não consegue se manter.
Começa uma regressão, que ao mesmo tempo é a degeneração do tecido
canceroso, e isso aumenta a descarga de resíduos tóxicos no sangue.
Daí a importância que o dr. Barcellos dá à desintoxicação.
A dieta do dr. Barcellos também serve para os casos de alergia.
Ela é muito simples.
SEGUNDO A DIETA, O PACIENTE NÃO PODE COMER:
- leite e laticínios, como queijo, coalhada, requeijão e receitas que levam leite (pode manteiga, porque é gordura, não tem proteína);
- feijão de qualquer tipo, inclusive ervilha, lentilha, grão-de-bico, vagem, feijão-verde, soja e seus subprodutos, broto de feijão;
- tubérculos: batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa (mandioquinha), cará, inhame, aipim/mandioca (e farinha de mandioca);
- carnes de porco, lagosta, camarão (e talvez outros invertebrados do mar, como polvo, lula, marisco);
- aveia, abacate, castanha portuguesa, açúcar.
Basicamente, é excluir esses alimentos.
A outra etapa é a desintoxicação.
PARA DESINTOXICAR
Três cápsulas diárias de 200 mg de metionina, que se encontra em farmácias de manipulação, para tomar com as refeições.
Metionina e cisteína são aminoácidos que contêm enxofre, e enxofre é desintoxicante do fígado e dos rins.
Tiamina e biotina, que são vitaminas, também têm enxofre.
O caldo de alga kombu é muito valorizado por seu alto teor
desintoxicante, nutritivo, regulador da flora intestinal, bom contra
hipertensão arterial.
Mas para obter o melhor sabor não se deve ferver a alga, já que o
calor faz com que os polissacarídeos se desmanchem e liberem substâncias
desagradáveis ao paladar.
Basta deixar a alga de molho em água limpa, fria, durante duas horas,
para obter um extrato contendo quantidades importantes de manitol,
iodo, cálcio, magnésio e ácido sulfúrico.
A alga é então retirada e usada em refogados rápidos, ou simplesmente
cortada e temperada com shoyu, ou serve para enrolar bolinhos, ou volta
para a própria sopa, etc. O caldo, complementado co vegetais
previamente cozidos, deve ser aquecido somente até o ponto anterior à
fervura.
Missô (massa salgada de soja, gostosa e nutritiva) é o tempero tradicional desse caldo.
Mas, como é proibido na dieta do dr. Barcellos, use um pouquinho de sal.
A babosa/aloe vera também é grande desintoxicante dos intestinos, do fígado e dos rins.
SOBRE OS VERMES
Os vermes entram no organismo o tempo todo pelas mãos, água, beijos e alimentos contaminados.
Se tiverem permissão para ficar, vão se reproduzindo, avançam pelas
correntes sanguínea e linfática e alojam-se em centros vitais, como
coração, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, olhos e cérebro.
Podem
produzir constipação, diarreia, gases, flatulência, síndrome do cólon
irritável, dores musculares e articulares, problemas de pele, distúrbios
do sono, fadiga crônica e quadros graves de convulsões, vertigens,
cefaleias, pseudomeningites, anemia profunda, gastrite crônica, gripes,
resfriados, sinusites, alergias e disfunções imunológicas em geral.
Muitas doenças podem ser diagnosticadas equivocadamente quando o médico não conhece a sintomatologia das parasitoses.
O Dr. Barcellos ressalta a capacidade dos vermes em provocar lesões e
deficiência nos vários tecidos do organismo, oferecendo ambiente
propício à formação das neoplasias malignas. Vermes destroem células
mais rápido do que elas conseguem se regenerar; liberam toxinas que
danificam os tecidos e as células, produzindo dores e inflamações; com o
tempo deprimem e exaurem o sistema imunológico.
O Dr. Barcellos destaca os helmintos cestoides (tênias solium,
saginata e nana), as lombrigas (ascaris lumbricoides), o oxiúro
vermicular e a triquina.
A cientista canadense Dra. Hulda Clark dizia que 100% dos pacientes
de câncer têm vermes, sobretudo um helminto trematoide chamado facíola
(fasciolopsis buskii), que se aloja no fígado.
ALIMENTOS CONTRA OS VERMES
HORTALIÇAS
ABÓBORA/JERIMUM
Sementes tostadas no forno combatem os vermes, principalmente a tênia.
As sementes devem ser frescas, sem a pele, moídas e misturadas com mel.
ALHO
Três a quatro dentes por dia.
Em doses elevadas ou em pessoas com sensibilidade a ele, o alho pode
produzir cefaleia, gastralgia, vômito, tontura, diarreia e cólica
intestinal.
É contraindicado (quando ingerido em grande quantidade) para mães que
amamentam, porque pode provocar cólicas intestinais nos bebês.
Também é contra-indicado para pressão baixa.
O cheiro é combatido bebendo suco de limão com igual quantidade de
água meia hora antes da ingestão do alho ou comendo salsa depois.
CEBOLA
Fazer o suco e misturar a uma pequena quantidade de mel.
Tomar 1 colher de sobremesa uma vez ao dia em jejum.
CENOURA
Ralar uma quantidade de cenoura suficiente para encher um pires,
misturar com alho picado e um pouco de erva-doce e ingerir pela manhã em
jejum, durante 3 a 5 dias.
CHICÓRIA
Tomar 3 a 5 xícaras de chá ao dia.
COUVE
Suco, várias colheres de sopa por dia.
HORTELÃ-PIMENTA
Chá por infusão, 1 xícara em jejum, diariamente por uma semana.
MAXIXE
Fruto ao natural, em saladas cruas.
RABANETE
Sementes, em chá por decocção, 3 a 5 vezes por dia.
FRUTAS
ABACAXI
Ao natural ou em sucos, várias vezes ao dia.
AMÊNDOA
Dez amêndoas em jejum.
AMORA
Casca da raiz, chá por infusão 3 a 5 vezes ao dia.
AZEITONA
Folhas e casca do tronco, chá por infusão 3 a 5 vezes ao dia.
CIDRA
Chá por infusão das sementes ligeiramente tostadas e moídas,
juntamente com sementes de outros cítricos. 1 xícara pela manhã, em
jejum.
COCO
1 colher das de sopa de coco verde ralado, diariamente em jejum.
FIGO
Folhas e talos, suco diluído em igual quantidade de água, 2 colheres das de sopa em jejum, durante 1 semana.
MAMÃO
Látex do fruto – leite que se obtém ao se cortar o mamão.
Pegue 20 gramas, dilua em uma xícara de água, adoce com mel e tome em jejum pela manhã.
PÊSSEGO
Flores, chá por infusão, 1 xícara 3 a 5 vezes ao dia.
PITANGA
Folhas, chá por decocção, 1 xícara 3 a 4 vezes ao dia.
ROMÃ
Casca do tronco - chá por decocção, um copo pequeno de 3 em 3 horas, durante alguns dias.
SAPOTI
Casca do tronco, chá por decocção, 1 xícara 3 a 4 vezes ao dia.
TAMARINDO
Folhas, chá por decocção - 1 xícara 3 vezes ao dia.
ERVAS MEDICINAIS
AGRIÃO
Folhas e talos, suco, 1 xícara das de café duas vezes ao dia.
ARTEMÍSIA
Folhas e raízes, chá por infusão, 15 gramas em 1 litro de água, tomado aos goles durante o dia.
BELDROEGA
Sementes - comidas em jejum ou preparadas sob a forma de chá por decocção, 50g a 100g para 1 litro de água.
CARQUEJA
Planta toda - chá por infusão ou decocção, 3 a 5 vezes ao dia.
Nos casos de diabetes faz diminuir o açúcar do sangue, até sua completa normalização.
ERVA-DE-SANTA-MARIA
Folhas, flores e sementes.
Chá por infusão, 10g em 1 litro de água.
Tomar 1 colher das de sopa de hora em hora, por 1 a 3 dias.
Após tomar essa infusão, ingerir 2 ou mais colheres das de sopa de óleo de rícino.
Deve ser empregada com cautela, pois em doses excessivas é muito tóxica.
LOSNA
Chá por infusão, 20 g de losna para 1 litro de água, tomando-se 2 colheres das de sopa de hora em hora.
Jamais usar o suco da losna, pois é altamente tóxico ao natural.
A infusão elimina parte desse efeito.
O uso excessivo pode produzir efeitos neurotóxicos, com perturbações da consciência e convulsões.
PICÃO
Folhas, chá por infusão ou decocção, 3 a 5 vezes ao dia.
Infusão
É quando se põe a água quase fervente sobre as folhas, abafando e esperando 10 a 15 minutos para tomar.
Decocção
É quando se ferve durante quinze minutos, ou mais, a água já com as cascas, sementes e raízes da planta.
Fonte: livro A dieta do doutor Barcellos contra o câncer (e todas as alergias), de Sonia Hirsch.
Sem comentários:
Enviar um comentário